Corpo humano
A Anatomia
humana estuda grandes
estruturas e sistemas do corpo humano. A fisiologia é o ramo da biologia que estuda as
múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas do corpo humano.
Muitos cientistas buscam a partir da descoberta do
código do DNA a construção em laboratório de corpos.
É o que chamam de corpo biocibernético e de ciborgue,
tais como corpo protético, corpo pós-orgânico, pós-biológico ou pós-humano.
No âmbito anatômico e científico, o corpo é substância
física ou estrutura, de cada homem ou animal. Para a Biologia é um organismo vivo, composto de pequenas unidades
denominadas células e para a Química,
é uma porção de matéria. Para a Astronomia,
qualquer objeto natural perceptível no céu: Reducionistas pensam que o corpo humano é uma
máquina biológica complexa, cujo funcionamento e constituição, é quase
inteiramente idêntico ao funcionamento e constituição dos corpos de outras
espécies de animais, particularmente aquelas que estão evolucionariamente mais
próximas do Homem.
Filosofia
A palavra corpo é uma das mais ricas da língua
portuguesa. O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma engrenagem
misteriosa. Esse fato levou com que cada área do conhecimento humano
apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.
Platão definiu o homem composto de corpo e alma. A
teoria filosófica de Platão baseia-se fundamentalmente na cisão entre dois
mundos: o inteligível da alma e o sensível do corpo. O pensamento
platônico é essencial
para a compreensão de toda uma linhagem filosófica que valoriza o mundo
inteligível em detrimento do sensível. A alma é detentora da sabedoria e o
corpo é a prisão quando a alma é dominada por ele, quando é incapaz de regrar
os desejos e as tendências do mundo sensível.
Foucault concebeu
o corpo como o lugar de todas as interdições. Todas as regras sociais tendem a
construir um corpo pelo aspecto de múltiplas determinações. Já para Lacan,
o corpo é o espelho da mente e diz muito sobre
nós mesmos. Para Nietzsche, só existe o corpo que somos; o
vivido e este é mais surpreendente do que a alma de outrora.1
Em Michel de Certeau, encontra-se O CORPO o como lugar
de cristalização de todas as interdições e também o lugar de todas as
liberdades. Georges Bataille definiu o corpo como uma coisa vil, submissa e
servil tal como uma pedra ou um bocado de madeira.
Para Descartes,
pregador do cartesianismo,
o corpo enquanto organismo é uma máquina tanto que tem aparelhos, enquanto Espinosa,
objetivando desconstruir o dualismo mente/corpo e outras oposições binárias do iluminismo como natureza/cultura,
essência/construção social, concebe o corpo como tecido histórico e cultural da
biologia.
Para o crítico literário Pardal
Mallet, o autor empresta o seu próprio corpo para dar corpo ao seu
texto e ao mesmo tempo cria dentro do texto outros corpos de personagens que
transitam no discurso corporal romanesco, porque o texto também tem o seu
corpo.
Para Gilles
Deleuze, um corpo pode ser controlável, já que a ele pode se
atribuir sentidos lógicos. Afirmou este filósofo que somos "máquinas
desejantes". Em sua teoria, ao discorrer sobre corpos-linguagem disse que
o corpo "é linguagem porque pode ocultar a palavra e encobri-la".
Ivaldo Bertazzo, dançarino, é um instrumento de vida. A descrição do corpo é
psicomotora não é psíquica, é uma união entre psiquismo e motricidade.
Merleau-Ponty aludiu que o corpo é espelho de outro
corpo. Sobre a metamorfose do corpo, Paul
Valéry propôs o
problema dos três corpos: o próprio corpo; o corpo reflexo, ponto narciso,
inflexão que se relaciona com o entorno, do visto, do que vê e o corpo que é
justamente os espaços insondáveis, tanto pela visão como pelo tato, função,
fisiologia e funcionamento, universo microscópico, líquidos, liquefação.
Fenomenologia
A fenomenologia também concebe o ser no mundo emotivo,
perceptível e móvel. Em face desse entendimento, diz que o corpo adquiriu certa
identidade, sobretudo no momento atual em que há uma crise do sujeito, do eu,
da subjetividade que coloca em causa, até mesmo, ou
antes de qualquer coisa, a corporeidade do indivíduo, fazendo com que o corpo
se torne, em consequência desse momento da sociedade, um "nó de múltiplos
investimentos e inquietações" (SANTAELLA, 2004: 10).
A partir dos anos 70,
a body art2 passou a incluir o corpo enquanto
sujeito do espetáculo e da forma artística em si. Com o impulso tecnológico, a
partir dos anos 90,
ocorreu uma maior auto-apropriação pelo artista do seu corpo e do corpo de
outrem como sujeito e objeto da experiência estética. Todos os dias a televisão
está estampando dentro de nossas casas "vinhetas" e aberturas de
novelas com efeito digital , mostrando performances corporais: o simulacro do
corpo. Na atualidade o grande artista da mídia televisiva é Hans
Donner, o inventor da mulata Globeleza Valéria Valenssa, que o desposou e ao mesmo
tempo a transformou em mulata virtual e símbolo do carnaval carioca. Numa mágica corporal, tecnológica, midiática
inéditas e criativas para a televisão brasileira. Criatura e criador integram o
virtual.
O corpo ou os corpos – como se vê – não pode ser lido
como uma ideia marcada de unidade. Devem, ser lidos como uma ampla rede de
múltiplas combinações.
Assim, pode-se afirmar atrelando as definições da
fenomenologia (que explica os estados do corpo) e da antropologia (ligada ao homem) que cada ser é um
corpo no sentido social e cultural, ou seja, as experiências que se vivenciam a
partir de valores relativos ao corpo fazem com que os corpos humanos sejam
culturalmente construídos, possivelmente pelo auditório.
O corpo e os sistemas
O corpo humano se divide em sistemas.
Todos os sistemas envolvem todos os órgãos do ser
humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário